Pouco falarei sobre a subida a Mer de Glace, nosso ponto final na Suíça. As fotos falam por si mesmas.
Saímos de Gèneve, em um ônibus, mas sem saber exatamente o espetáculo grandioso, que iria se descortinar: a neve seria a protagonista do espetáculo. Passiva, serena, mas se impondo límpida, branca e, às vezes, transparente e intensa.
A vegetação, ora acobertada pelo gelo, ora mais sutil, conduzia-nos a uma expectativa do que poderia ainda ser visto de magnifico na Suíça. Estávamos a caminho de Chamonix, Mer de Glace, Mar de Gelo e as Cavernas
de Gelo, Grotte de Glace.
A cada quilômetro, as cenas da natureza pareciam de filme, completamente irreais para mim. Vários pensamentos me inquietavam. Como vivem os habitantes destas casinhas com os telhados completamente nevados? Como era o seu cotidiano, o trabalho, a escola das crianças e o sono?
Muita neve, muita neve. E a vegetação? Como sobrevive? Como segurar este gelo e voltar à primavera?
Partir para Aiguille du Midi, "Agulha do Sul", com 3.842 m, uma montanha no maciço de Mont Blanc no Alpes .
O céu azul ao fundo, intrigava-me e confundia-me com o visual do primeiro plano e estávamos cada vez mais próximos de Chamonix.
A cidade de Chamonix tem cerca de 13.000
habitantes, mas chega a receber entre 100 e 150 mil turistas nos picos de
estação de inverno e verão.
Sem palavras!
No inverno, milhares de esquiadores seguem para a
geleira até a estação ferroviária Montenvers, após esquiar o famoso Vallee
Blanche.
O teleférico também transporta os interessados para as alturas desse lugar que projeta paz, silêncio, perplexidade e respeito à natureza.
Inexplicável!
Depois de apreciar o espetáculo da natureza, era momento de voltar a Gèneve, arrumar as malas e partir.
Últimas e eternas imagens!
No dia seguinte, bem cedo, na hora da partida da Suíça, em Gèneve, a neve silenciosamente se aproximou para se despedir. Foi o Grand Finale!
Olhei para cima, agradeci profundamente, pensei em coisas tantas...
Agora, com o pensamento, em terra firme, partimos com uma vontade imensa de conhecer mais a Suíça, um país, que se mostra por inteiro, que molha a alma, com neve suave ou intensa, mas não desagrega.
Não mais o que falar. O aeroporto era, neste momento, o caminho a percorrer. Rever pessoas que ficaram e estavam nos esperando. Levar nossas experiências, documentar aqui, para outros interessados em conhecer lugares fantásticos e pegar fôlego para viver a vida que pode ser brilhantemente fantástica.