Agora o cenário é outro. Em pleno século XXI, a
cidade é um convite à alegria. Os Países Baixos, na primavera, não se entregam
à neve e as confraternizações acontecem à luz do dia. Na praça Leidseplein, percebe-se
o eco: “Eu sou Amsterdam”.
É neste mesmo espaço arquitetônico histórico, que está o museu Rjksmuseum, um dos prédios mais importantes de Amsterdam, com mais de 260 salas e uma coleção fantástica do pintor holandês Rembrandt. O Museu de Van Gogh, no mesmo ambiente paisagístico, emociona pelas telas e pela história pessoal do pintor.
São muitas as bicicletas pelas ruas, calçadas,
em frente ao comércio, aos tantos bares e que respeitam ou não o fluxo do
trânsito. Não é incomum assustar-se com o ruído de suas campainhas, exigindo do
visitante atenção à sua passagem. É um povo despojado e sem a cerimônia comum aos
europeus.
A alegria e a comunicação, naquele dia, em que cheguei eram singulares. Parecia que um grande acontecimento estava por vir. Muitas pessoas caminhando pelas ruas, confraternização nos restaurantes, música ao vivo restaurantes, vitrinas com destaque para a cor laranja. Por que uma tonalidade tão excêntrica?
Fui pelas ruas refletindo sobre os personagens que vi, os sorrisos, as músicas, os bares superlotados, a alegria contagiante e as conversas animadas. Quem eram essas pessoas? O que estavam dizendo? Não pensavam sobre a turbulência econômica europeia? Não foi o que percebi. Na verdade, o que senti foi uma vibração tensa, ao mesmo tempo excitante, para viver um determinado momento. Interessante. Nada me soou falso, ao contrário, havia cumplicidade coletiva.
Ainda consegui admirar o predomínio das casas com as
cores vermelha e cinza da cidade.
Sobre o que estariam conversando as pessoas que
aqui moram? O que pensam sobre a vida? Do que gostam e não gostam? De jardins tenho
certeza, de cuidados com a moradia também. O que mais? Quem são? Não sei. Acho que não saberei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário