domingo, 20 de maio de 2012

Keukenhof, a flor da Holanda


Sabia que, na Holanda, a população era pulsante. Mas, não apenas o povo. Há também uma natureza vibrante que acolhe e entrega segredos de uma atmosfera bucólica, que não se contém, ao contrário, explode.

Ao passar pela zona rural holandesa, não se visualiza um mar de água, mas de flores que envolve os olhos e a respiração. Expõe-se uma gigantesca tela viva de flores simetricamente organizada em tons fortes, até chegar ao parque onde se pode ler: Keukenhof.







Um realejo gigante, um dos símbolos locais, recepciona os visitantes com uma música nem tão alegre, nem tão triste, mas que convida os visitantes a penetrar no labirinto das flores.
O meu coração bateu forte com a primeira miragem: um buquê multicolor.







Parece uma dança para a visão e o olfato. Há linhas de flores em tons de roxo, rosa, amarelo, vermelho e laranja, algumas com um metro de altura.







Gosto de saber o porquê do nome dos lugares. Keukenhof significa "horta" e está situado perto de Lisse, entre Amesterdam e Haia. Este parque, do século XV, em 1949, passou a proporcionar um evento anual, com a exposição de flores ao ar livre.






A natureza exemplifica como transmitir suavidade e paz sem exigir absoltamente nada.
Entrega-se e só.







Como definir estas imagens? Quantas mãos semearam, esperaram, regaram, aqueceram, colheram e replantaram? Não sei o que dizer diante da natureza que me tornou menina, apenas com olhos de contemplação. Estar aqui é ser flor por um dia, ou cisne branco, mergulhando na água serena, com céu azul tonalizado de branco.







Aqui se expõem e vendem-se também os tamancos de madeira holandeses, os klompen. Parece-me exatamente o ruído que se faz ao usá-los: klomplem! É uma tradição nos Países Baixos, ainda hoje usados, seja por hábito, ou por fazer bem à coluna e à postura, como gostam de dizer os holandeses.







Não se pode sair das redondezas de Amsterdam sem falar dos moinhos. Eram centenas, hoje poucos. Têm sido usados desde o século 14, para bombear a água das terras abaixo do nível do mar e aumentar o território da Holanda. Ainda se usam para moer trigo, cacau e no preparo da cerâmica.







No momento da despedida, olhei para trás e fechei os olhos. Mas não era um gesto de partida ou para deixar alguém. Saí, sem uma flor na mão, mas com uma pulsação maior para entender a vida, a grandeza e a pequenez humana e, sobretudo, as possibilidades de ser feliz apenas por meio da contemplação.




















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