sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Interlaken - o mundo das geleiras

 
 
A vontade era de ficar em Lucerna, conhecer tudo o mais que deveria existir, naquele lugar, tão aconchegante, porém era hora de partir para outra aventura: conhecer Interlaken que significa “entre os lagos”: Thun e Birenz.
 
 
 


Entramos no trem e a paisagem dos arredores de Lucerna já antecipavam o que veríamos adiante  Mas os lagos azuis de Lucerna  ainda deram, inexplicavelmente, um aperto no meu coração.











Mas aos poucos, ao olhar pelas janelas do confortável trem, no andar de cima, ficavam visíveis os pingos de neve sobre o solo e, mais sobre as casas e, mais sobre as montanhas e, mais sobre mim. Um arrepio com sensação de frio, emoção, mas ainda, uma saudade inexplicável.




Caminho para Interlaken
 
 
 
 
Caminho para Interlaken
 
 
 
 
Caminho para Interlaken
 
 
 
 
 
Arredores de Interlaken
 
 
 
 
Arredores de Interlaken
 
 
Em duas horas de emocionantes paisagens, ali estava: Interlaken Ost, a oeste de Interlaken. A cidade é cercada por montanhas, lagos deslumbrantes e com os simpáticos 5.500 habitantes.  Os restaurantes, as vitrinas com grifes sofisticadas, ostentando os famosos relógios suíços e um vestuário impressionantemente atualizado retratam uma pequena cidade turística onde o bom gosto é a tônica.
 
 
 
 
                                                 Centro urbano de Interlaken
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas, o nosso roteiro era conhecer Jungfraujoch, o fantástico mundo das geleiras e a mais elevada estação ferroviária da Europa. A partida do trem, aliás, muito confortável e com a pontualidade suíça elevou o meu espírito desde os primeiros quilômetros da ferrovia. O circuito completo de Interlaken Ost até o Top of Europe leva no mínimo seis horas.
 
 
 
                     Caminho para Interlaken. Foto tirada dentro do trem
 
 
 
Saindo de Interlaken, depois de 1 hora e 20 minutos de viagem, é necessário descer em Kleine Scheidegg com 2.060m de altitude. Em seguida, pegar outro trem em direção a Jungfraubahn. A viagem leva mais uma hora e a maior parte dentro do túnel.
 
 
 
 
 
O circuito é circular. Em Interlaken, pode-se decidir se quer subir por Lauterbrunnen ou por Grindelwald . A vista é deslumbrante! Decidimos ir por Lauterbrunnem.
 
 
 
 
A estrada de ferro foi idealizada em uma época, em que não havia tecnologia de teleférico para alcançar as grandes alturas. Para chegar a 3.500m de altitude, a solução foi construir 7,5 km de túneis por dentro do Eiger e do Mönsch.
 
 
 
 
 
A ferrovia, com mais de 100 anos, foi inaugurada, em 1912, lapidada durante 16 anos de trabalho árduo pelos operários e engenheiros. As escavações, nessas rochas, foram feitas com até 8 graus negativos, além de raios, ventos e avalanches de neves e ventos com até 250km/h de velocidade.
 
 
 
Quando o trenzinho sai do túnel, lá em cima, a 3.500m de altitude, chega-se a Jungfraujoch (o “pé do monte Jungfrau”). Basta olhar e à frente veem-se os picos do Jungfrau, do Eiger e do Mönsch, além de impressionantes geleiras alpinas, isto é, o abrigo das montanhas mais altas da Suíça.
 
 
 
 
 
Quando se chega ao limite do monte, pode ser que se perca o fôlego, pois o ar rarefeito cansa o corpo, logo não é possível correr, nem andar rapidamente. Mas é o “Topo da Europa”.
 
 
 
 
 
 
Há ainda, em Jungfraujoch, um complexo moderno, com restaurantes, lojas, correio, museu e instalações científicas, como observatório e estações meteorológicas, o centro de pesquisas mais elevado da Europa. Há pesquisas climáticas sobre meio ambiente especializado em astronomia, astrofísica e observação das radiações cósmicas com reputação em nível internacional.
 
 
 
 
 
 
 
 
Para finalizar, entramos no Palácio de Gelo e foi uma sensação ímpar. Passear por ele, com temperatura 10 graus abaixo de zero foi uma experiência fantástica, sobretudo pelas estátuas esculpidas no gelo. Ao penetrar, neste labirinto de galerias, que ostenta esculturas de gelo como águias, pingüins e ursos foi um esplendor! Nada semelhante até então.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois de sair do castelo, chegou o momento de fechar os olhos, abrir e fechar novamente, para absorver aquelas miragens que devem ficar eternas em todos os meus sentidos. Descemos deslumbrados, perplexos e maravilhados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Um comentário:

  1. Quando o inimaginável se concretiza, penso que o Paraíso nos vem à mente. Vc mesma disse: "Um arrepio com sensação de frio, emoção, mas ainda, uma saudade inexplicável". Eu justificaria essa saudade com as suas raízes já com sede: sol, Brasil (baguncinha) com que a gente até se acostuma. Sei lá!!! Um passeio de encher a mente de memórias pro resto da vida. Valeu, Regina. Como disse Fernando Pessoa: "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". Bjs. Armonia

    ResponderExcluir